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| Estrada da vida |
Você
caminha em uma longa estrada há tantos anos e nesse tempo encontra pessoas,
vive momentos, chora, sorri, se alegra, se entristece, sente dor e prazer, são
tantas coisas que nem da pra listar. Em uma curva dessa estrada pessoas chegam,
você conhece novas pessoas e nesse mesmo ponto outras partem, as pessoas próximas
acabam sumindo nessa estrada tão longa. Mais a frente você se depara com outra
curva, nela pessoas nascem, que felicidade, que magnífico, sensacional; dois
passos à frente, outra surpresa, você ver pessoas morrerem, em um momento você
pensa que nada mais fará sentido, então, o outro dia chega, nada melhor que um
dia depois do outro. Afinal, amanhã é outro dia, não é? Que estrada longa, as vezes da
vontade de correr pra ver se ela fica mais curta, mas nada adianta. Estrada de tantos encontros e
desencontros, de tantas mortes e nascimentos, alguns passos um tanto
desnorteado, você acaba se esbarrando em uma mulher, olhos de esmeralda,
cabelos de ouro, pele de nuvem, um sorriso maroto e cativante, uma coisa linda
de se ver, com quase meio século de existência, idade de ser uma mãe e
é isso que você sente, um amor de filho e mãe. Alegria; emoção; loucura, muita
loucura; carinho, cumplicidade entre tantas outras coisas são algumas
qualidades que lhe é de direito. Agora nessa estrada, as coisas parecem que
ficaram mais belas, você deseja que essa estrada se estenda mais ainda, sem
pressa, sem preocupação você caminha agora. Algumas vezes ela some e essa
estrada volta a ficar sem muita graça, mas daí ela surge novamente, com muito
mais amor, com um abraço caloroso e forte, muito forte, e um ‘eu te amo’, ela
não sabe o quão bem faz, o quanto tudo isso importa, o quanto tudo faz sentido.
Seu nome é Rita, eu a chamo de tia, mas poderia chamar de mãe sem problema
algum. Rita das Ritas! Não é sobre o tanto que recebe, mas sim, o tanto que
você dar.
(Carlos F. Jr.)
