¡Chespirito por siempre!

¡Chespirito por siempre!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

A m é m, A m o r!


Era março quando os dois mundos tão diferentes se cruzaram, mês de chuvas esporádicas que serviam para regar pequenas plantas que logo se tornaria uma majestosa floresta. Os dias passavam e aos poucos a essência de ambos se mostrava tão idênticas, que até assustava quem convivia, mas para eles era fascinante.  

A Panda tinha um coração enorme, mas que, para ela, a maioria a sua volta não merecia descobrir isso. O Palhaço sempre com sua insegurança em tudo, já ela sempre segura nas suas palavras e no seu olhar, ou pelo menos, era o que demonstrava. 

Era estranho para a Panda ver em alguém, basicamente, tudo que sonhou, tudo mesmo, até os defeitos eram belos, que louco isso. Mas ela não conseguia parar de sonhar com eles.

O Palhaço se esquivava das investidas, sem sucesso, da Panda e todos que rodeavam eles, imploravam para ela desistir, ele não queria nada com ela aparentemente. Mas se ela não lutasse por seus sonhos quem o faria? Mesmo com todos, inclusive o Palhaço, dizendo não, ela não desistiu e foi até o fim, usando todas as mais belas palavras, as mais fortes investidas, as mais sérias brincadeiras, os mais doces toques e os mais sinceros abraços.

O Palhaço se deixava envolver aos poucos sem nem perceber e a Panda sentia isso, ela era esperta, e só ficava mais em cima. Certa vez, ela tentou, também sem sucesso, desistir, mas algo não a deixava. E em um dia qualquer já sem esperança e sem motivo algum o Palhaço deu-lhe um selinho. A reação dela foi nenhuma, ele o fez e saiu, deixando-a sem palavras, com o coração palpitado com força e os olhos brilhando.

No dia seguinte, o Palhaço deu-lhe um beijo daqueles e disse que ele já queria fazer isso a tempo, mas que sua insegurança não permitia, mas que ela o deixou seguro de, assim como ela, lutar por seus sonhos. A força da Panda deu força ao Palhaço de se decidir pelo que sentia e desejava.

Ela era muito verdadeira no que dizia sentir e até chorou ao falar deles para amigos próximos, até brigou quando falaram mal do seu Palhacinho, até sorriu quando ele fez palhaçada e ela tava triste, até ficou brava quando ele pisou na bola, até o abraçou quando ele precisou, até o amou quando não mais existia amor.

Ela o escolheu por razões de essência, pelo o bem que ele fazia a ela, pela paz que ele trazia. Ele a escolheu por ser tudo o que sempre sonhou, também pelo bem que ela o fazia, mas por fazê-la verdadeiramente feliz pelo simples fato de ser ele de verdade.

Aos poucos o Palhacinho se tornou um ninja, na verdade um Palhacinho ninja, pois conseguia fazê-la ri e a protegia ao mesmo tempo. Mas de poquinho em poquinho ela o transformava mais, o completava e ele se tornou incrível, o Sr. Incrível. A Panda, com sua grandeza, fez jus a sua escolha e sem muitas complicações se tornou a Mulher Maravilha. Para eles o tempo que estavam juntos não importava, a intensidade do que viviam, sim, importava pra caramba, eles eram extraordinário, eram sua própria referência.

Ele se sentia confiante pra ser ele de verdade, mostrar e abrir seu coração sem medo. Com verdade no coração e nas palavras, o Sr. Incrível se ajoelhou antes de dormir e fez sua oração, coisa que não fazia a um bom tempo, seu agradecimento era tão sincero que lágrimas de felicidade rolava do seu rosto, coisa que jamais havia acontecido, ele agradecia pela incrível Mulher Maravilha que Deus havia o presenteado.

Toda energia positiva rondava aquele casal, era bonito de se ver. O Sr. Incrível certa vez, pegou um papel, uma caneta e escreveu:

Minha mulher maravilha, não precisamos de multidão ou holofotes ou aprovações, precisamos lutar por nossa história, porque mesmo estando muitos perto, conhecem, convivem, mas quem sabe da gente, somos nós e apenas nós e Deus, é claro! Diante de tantos altos e baixos, caminhadas e quedas, conquistas e perdas, decisões fáceis e difíceis, estamos aqui. Desde julho minha vida tomou um rumo que há anos esperava, você me transformou em um ser melhor. Quero ser teu sonho incrível, ser o pai dos teus pinguinhos, aqueles que vão rabiscar a parede, o chão com giz de cera, que vão deixar os brinquedos espalhados pela casa toda, que vão chorar de madrugada e vamos ter que acordar, mesmo cansados do dia, e colocar pra dormir, que vão nos obrigar a ter dois copos e a mamadeira na mesa e eu sei que nossas vidas não serão as mesmas. Eu consegui dar a minha mãe a melhor nora que esse mundo ofereceu e estou satisfeito e grato por tudo que você é, por tudo que somos. Brigaduuuuuuuuuu por tudo que você me proporciona sentir, é incrível. Somos intensos, parece que nos conhecemos a anos e quem se importa com as probabilidades? Nossa maior força é do tamanho da vontade que teremos de lutar por nosso amor. Eu quero acordar do teu lado toda manhã, quero que você seja a última coisa que eu veja antes de dormir, quero nossas crises, nossas brigas, nosso crescimento, tudo que um casal merece. Minha Mulher maravilha me dê a honra de lhe chamar de minha esposa. Quer casar comigo?’ ... (Carlos F. Jr.)

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

11:59 am



"Era perto das 10:30 da amanhã, mas precisamente 10:27, ela estava na cozinha com seu avental preferido, preparando nosso almoço. Eu a admirava de longe, ria dos seus trejeitos, de suas tentativas fracassadas de colocar o cabelo para trás, com suas mãos sujas, quando o mesmo caia em seu rosto. Falando em cabelo, o seu era encantador. Tava cansado de a admirar e fui até lá perto dela. Ajudá-la? Não, claro que não! Precisava atrapalhar um pouco. Caminhei sorrateiramente até lá, ela me perguntou o que eu queria, eu respondi dizendo que não queria nada. Fui até a panela e abri, tasquei o dedo lá dentro para experimentar. Ela deu um grito que, confesso, me assustou. Dei uma risada disfarçada e continuei abrindo as outras panelas e fazendo o mesmo. Ela se enfureceu e pegou a colher de pau e correu atrás de mim para meter na minha cabeça, ela estava falando sério, corremos pela sala até eu tropeçar e cair próximo do sofá no chão mesmo, ela parou na mesma hora e perguntou se eu estava bem, ela era meio amarga, mas era um doce. Seus cuidados eram o máximo, em um determinado momento ela chegou pertinho do meu rosto para ver se eu me machuquei, juro que naquele momento eu iria beijá-la, quando o cheiro forte de queimado a distraiu e a fez correr até a cozinha. Ainda bem que era só a panela vazia que ela havia colocado para fazer o macarrão. Em questão de minutos ela terminou o almoço. Abri um vinho que gostávamos e almoçamos. Eu poderia pedir pra namorar, ou pelo menos pra ficar, ou mais ainda pra ela ser minha esposa... Mas acho que o destino não quer nos permitir isso, queremos, mas algo nos impede. Minha mente pensava tudo isso, quando uma voz lá no fundo me obrigava a lavar a louça, era mais que justo, depois dela ter feito todo o almoço. Eu disse, ‘lavo se você enxugar e guardar’. Ela concordou. Enquanto lavava, enchi minhas mãos de água, sacudi em seu corpo... A cozinha ficou totalmente molhada, parecíamos duas crianças. Mas nossos momentos eram sempre marcantes e especiais. Depois arrumamos tudo e fomos ver um filme de terror, terror não, eles eram muito óbvios, foi um de suspense, eram nossos preferidos." (Carlos F. Jr.)

sábado, 27 de janeiro de 2018

How are u


“Você já fez aquela pergunta rotineira alguma vez? ‘Você está bem?’ E então a outra pessoa te respondeu que ‘sim’, mas na verdade ela estava péssima, só respondeu o ‘sim’ por educação e, talvez, para não te preocupar. Você consegue olhar no fundo dos olhos dela? E consegue ver o quanto seu olhar é tristonho? Você consegue notar? E se ela precisasse apenas de um abraço seu e não pedisse? Você seria capaz de ajudá-la? Às vezes pensamos que não, mas somos de uma importância sem igual para alguém e nem notamos.” (Carlos F. Jr.)