¡Chespirito por siempre!

¡Chespirito por siempre!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

11:59 am



"Era perto das 10:30 da amanhã, mas precisamente 10:27, ela estava na cozinha com seu avental preferido, preparando nosso almoço. Eu a admirava de longe, ria dos seus trejeitos, de suas tentativas fracassadas de colocar o cabelo para trás, com suas mãos sujas, quando o mesmo caia em seu rosto. Falando em cabelo, o seu era encantador. Tava cansado de a admirar e fui até lá perto dela. Ajudá-la? Não, claro que não! Precisava atrapalhar um pouco. Caminhei sorrateiramente até lá, ela me perguntou o que eu queria, eu respondi dizendo que não queria nada. Fui até a panela e abri, tasquei o dedo lá dentro para experimentar. Ela deu um grito que, confesso, me assustou. Dei uma risada disfarçada e continuei abrindo as outras panelas e fazendo o mesmo. Ela se enfureceu e pegou a colher de pau e correu atrás de mim para meter na minha cabeça, ela estava falando sério, corremos pela sala até eu tropeçar e cair próximo do sofá no chão mesmo, ela parou na mesma hora e perguntou se eu estava bem, ela era meio amarga, mas era um doce. Seus cuidados eram o máximo, em um determinado momento ela chegou pertinho do meu rosto para ver se eu me machuquei, juro que naquele momento eu iria beijá-la, quando o cheiro forte de queimado a distraiu e a fez correr até a cozinha. Ainda bem que era só a panela vazia que ela havia colocado para fazer o macarrão. Em questão de minutos ela terminou o almoço. Abri um vinho que gostávamos e almoçamos. Eu poderia pedir pra namorar, ou pelo menos pra ficar, ou mais ainda pra ela ser minha esposa... Mas acho que o destino não quer nos permitir isso, queremos, mas algo nos impede. Minha mente pensava tudo isso, quando uma voz lá no fundo me obrigava a lavar a louça, era mais que justo, depois dela ter feito todo o almoço. Eu disse, ‘lavo se você enxugar e guardar’. Ela concordou. Enquanto lavava, enchi minhas mãos de água, sacudi em seu corpo... A cozinha ficou totalmente molhada, parecíamos duas crianças. Mas nossos momentos eram sempre marcantes e especiais. Depois arrumamos tudo e fomos ver um filme de terror, terror não, eles eram muito óbvios, foi um de suspense, eram nossos preferidos." (Carlos F. Jr.)